IEB inicia modelagem de curso voltado à agricultores do Marajó

O fortalecimento de organizações comunitárias, por meio da gestão territorial e de recursos naturais, é uma das diretrizes do curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) em Gestão Territorial Sustentável que está em fase de modelagem no âmbito do programa Marajó Socioambiental 2030.

A primeira oficina de construção da proposta pedagógica foi realizada no dia 23 de setembro, em Belém, pelo Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), com a moderação da Profª. Drª Roberta Coelho, do IFPA-Campus Castanhal, e participação de representantes do Instituto de Desenvolvimento Florestal do Pará (Ideflor-Bio) e da consultoria Terra Preta.A proposta elaborada coletivamente resultou no apontamento de um curso com carga horária de 160 horas, dividido em eixos temáticos, com o objetivo de organizar as diversas problemáticas, favorecendo a reflexão articulada e integrada com base nos saberes locais e científicos estabelecidos.O ideal é que a instituição tenha a centralidade do trabalho como princípio educativo, fazendo a relação do trabalho com a educação, com o objetivo de fortalecer as capacidades dos sujeitos locais para desenvolvimento de SAF como estratégia da inclusão socioprodutiva e recomposição de agroecossistemas no território do Marajó”, afirmou a professora Roberta Coelho durante a condução da oficina.

Professora do IFPA Castanhal, Roberta Coelho foi a facilitadora da oficina de modelagem no projeto Marajó Socioambiental 2030

Professora do IFPA-Castanhal, Roberta Coelho foi a facilitadora da oficina de modelagem

O objetivo é que a formação impulsione as experiências práticas desenvolvidas pelos agricultores, por meio de capacitações e intercâmbios discutidos à luz de experiências semelhantes vivenciadas em diferentes espaços dentro do território marajoara.

Metodologia

A abordagem metodológica será pautada na educação do campo, com referência às obras de Paulo Freire que trazem um novo olhar para a educação do homem e da mulher no campo. O itinerário formativo será realizado no formato de círculos de saberes (CSs) e terá um eixo Integrador denominado Sistemas Agroflorestais — SAFs como estratégia de fortalecimento da inclusão socioprodutivo e recuperação ambiental. Estas formulações serão compartilhadas entre o público participante em uma segunda oficina que será realizada em outubro, no Marajó, com a participação de organizações e lideranças comunitárias que serão o público da formação, servindo para validação da proposta pedagógica junto aos sujeitos da formação.

Marajó Socioambiental 2030

O objetivo do projeto é conceber e implementar um programa de restauração e uso sustentável de ecossistemas e florestas no território do Marajó, por meio da estruturação de dispositivos de governança; realizar ações de recomposição florestal — plantio de árvores atrelado a um programa de capacitação; conceber e implementar de um sistema de monitoramento para sistematizar avanços obtidos em campo e disseminar as lições aprendidas.As ações serão realizadas em territórios de vulnerabilidade social, econômica e ambiental no período de três anos nos municípios de Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista, Muaná, Melgaço e Portel. Os públicos beneficiários são as cooperativas agroextrativistas próximas às Reservas Extrativistas Mapuá e Terra Grande Pracuúba, lideranças locais e comunidades escolares nos municípios de incidência. Tem como objetivo conceber e implementar um Programa de Restauração e Uso sustentável de Ecossistemas e Florestas no Território Marajoara.O projeto integra o programa CAIXA Florestas e conta com apoio financeiro do Fundo Socioambiental (FSA) da Caixa Econômica Federal. A realização é do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), da Awí Superfoods e do Instituto 5 Elementos.