Reunião de parceria em Portel no Marajó

Reunião em Portel buscou engajar novas organizações parceiras

No dia 30 de abril, o analista Marcos Silva, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), reuniu em Portel com potenciais parceiros do projeto Marajó Socioambiental. Estiveram presentes no encontro a diretora da Cooperativa Manejaí, Graonice Costa; o presidente da Associação dos Moradores do Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista Acutipereira (ASMOGA), Odivan Pereira; o coordenador regional da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetagri), Nilson Siva. José Ademir de Aquino, técnico do projeto, e Manoel Gomes, coordenador do viveiro de Santo Ezequiel Moreno, também participaram da conversa.

Durante o encontro, Marcos Silva também representou o IEB na entrega de equipamentos e materiais para o viveiro, que se localiza no PEAEX Acutipereira. A comunidade de Santo Ezequiel Moreno abrigará um dos três polos de produção de mudas para o Marajó Socioambiental.

Reunião – A reunião teve por objetivo apresentar as principais ações do projeto e aumentar o engajamento das demais organizações, associações e cooperativa, especialmente na meta relacionada ao plantio de 500 mil mudas no Marajó. Na ocasião, também foi realizado o levantamento dos viveiros existentes em Portel, os quais deverão ser mobilizados nas tarefas de produção de mudas e de seleção de áreas para o plantio.

Para a diretora da cooperativa Manejaí, Gracionice Costa, “o projeto chega em boa hora, pois no momento a cooperativa concluiu todo o seu registro e legalização, podendo desenvolver plenamente os trabalhos em todo o território do Marajó”.

“Faltava esse incentivo, especialmente voltado ao reflorestamento e à geração de renda aos nossos cooperados”, apontou. Ela citou ainda que tem alertado sempre para que as pessoas da comunidade plantem árvores, especialmente as espécies que já se encontram em extinção na região, em consequência do desmatamento que coloca Portel entre um dos municípios do Pará que mais devastaram as áreas de florestas nos últimos anos.

A cooperativa será uma grande parceira do projeto, especialmente pela relação existente com os agricultores e pelo potencial de comercialização de sementes e mudas. Durante os três anos do projeto, a Manejaí também receberá ações de fortalecimento institucional para melhorar os seus processos de gestão.

Associação detentora do título coletivo do PEAEX Acutipereira, a ASMOGA também vê a parceria para implementar o Marajó Socioambiental com entusiasmo. “Na comunidade, há vários profissionais formados nos últimos anos como Técnicos em Agropecuária, que poderão apoiar as ações de coleta de sementes e preparo de área para a implementação dos Sistemas Agroflorestais”, ressaltou Odivan Pereira.

Ainda durante a reunião, os participantes falaram da necessidade de retomar a articulação do Comitê de Governança de Portel, importante espaço de diálogo da sociedade civil, responsável pela tomada de decisões e acompanhamento das ações de conservação ambiental no município. Segundo os participantes, o município tem sofrido com a chegada de grupos econômicos interessados na exploração predatória da madeira existente em áreas comunitárias.

Como encaminhamento, ainda no mês de maio, os representantes da cooperativa Manejaí devem reunir com os cooperados,  a fim de levantar a capacidade de coleta das sementes de espécies nativas e frutíferas da região, especialmente aquelas com maior capacidade de geração de renda para a população local. Com base nessas informações, a cooperativa poderá fornecer sementes para o processo de produção de mudas, levando em consideração a diversidade de espécies florestais da região e também o interesse das famílias pelo plantio dessas espécies em suas propriedades.

A fim de dar mais transparência e legitimidade às ações com os parceiros, o IEB deverá celebrar um termo de cooperação técnica com a cooperativa e as associações envolvidas diretamente com as ações do Marajó Socioambiental, para fortalecer as relações comerciais previstas.

Ao final do encontro, os participantes assinaram um termo de anuência ao projeto, demonstrando o conhecimento das metas a serem alcançadas e das contribuições voltadas ao fortalecimento do tecido social local.