13 ago Santo Ezequiel Moreno recebe mutirões para finalização do viveiro de mudas
No rio Acutipereira, no município de Portel (Marajó/PA), a comunidade Santo Ezequiel Moreno se reuniu para a finalização do viveiro de mudas e implantação de Sistema Agroflorestal coletivo.
As ações foram realizadas entre os dias 22 e 29 de junho de 2022, no contexto do projeto Marajó Socioambiental 2030. O mutirão envolveu representantes do Coletivo de moradores da comunidade.
Foram plantadas 500 mudas em Sistema Agroflorestal em área coletiva de 2.500 m². A ação envolveu o preparo de área com roçagem e desbaste parcial de capoeira, com três anos em pousio, até a organização das leiras de cultivo e a abertura dos berços.
Foram executadas em cinco mutirões com a presença de homens e mulheres do coletivo “Do Campo à Mesa”. As atividades realizadas envolveram limpeza dos espaços de plantio até o balizamento das linhas de cultivo para implantação do arranjo agroflorestal.
Padronização técnica
No mesmo período, o projeto realizou a padronização técnica das duas estruturas de viveiros instalados na comunidade. Um deles com aproximadamente 12 mil mudas produzidas; outro utilizado como base para preparo de mudas, enquanto novas sementes são criadas. Entre as espécies florestais em produção nos viveiros estão o açaí, andiroba, araracanga, bacaba, biriba, cacau, cupuaçu e graviola.
Coleta de sementes
Cerca de 15 mil sementes de espécies variadas foram coletadas em um mutirão realizado no dia 29 de junho, num percurso que visitou cinco comunidades ao longo do rio Camarapi.
Foi feito o mapeamento dos sítios e seus responsáveis, além do nível de conhecimento de técnicas de manejo e interesse em realizar a implantação de sistemas agroflorestais. Muitos dos moradores mostraram interesse em implantar ou ampliar os seus próprios cultivos, formados em maioria por quintais agroflorestais.
As principais sementes de espécies florestais coletadas foram: açaí, acapu, acerola, bacuri, bananeira, cacau, café, castanheira, goiaba, graviola, laranja, limão, seringueira e tangerina.
Sobre o Marajó Socioambiental 2030
O projeto visa promover boas práticas em uso sustentável do solo, valorização das florestas e da biodiversidade da Amazônia. As ações serão realizadas em territórios de vulnerabilidade social, econômica e ambiental no período de três anos nos municípios de Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista, Muaná, Melgaço e Portel.
Os públicos beneficiários do Marajó Socioambiental 2030 são as cooperativas agroextrativistas próximas às Reservas Extrativistas Mapuá e Terra Grande Pracuúba, lideranças locais e comunidades escolares nos municípios de incidência. Tem como objetivo conceber e implementar um Programa de Restauração e Uso sustentável de Ecossistemas e Florestas no Território Marajoara.
O projeto integra o programa CAIXA Florestas e conta com apoio financeiro do Fundo Socioambiental (FSA) da Caixa Econômica Federal. A realização é do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), da Awí Superfoods e do Instituto 5 Elementos.